No âmbito do MIBE* (Mês
Internacional das Bibliotecas Escolares 2021) subordinado ao tema CONTOS DE
FADAS E CONTOS TRADICIONAIS DE TODO O MUNDO, foi lançado o repto aos
professores de Educação Visual para os seus alunos recriarem artisticamente em
forma de desenho, “contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo”. Para
isso foi distribuído uma coletânea de contos “O conto tradicional português no séc.
XXI - versões recolhidas
por estudantes da universidade do
algarve – 2019”. Todos os trabalhos serão expostos na Biblioteca da Escola
Secundária Tomaz Pelayo. Publicamos aqui o melhor trabalho sobre o Conto 30 da
coletânea referida, com o título “A Cegonha e a Raposa”. O conto segue na
integra a seguir ao trabalho de expressão artística.
Parabéns aos alunos participantes, em especial à aluna Maria
Estevão do 9º ano que realizou o melhor trabalho. Aos respetivos professores
envolvidos, os agradecimentos pelo êxito desta articulação com a Biblioteca
Escolar.
“quando os
bibliotecários e os professores trabalham em conjunto, os alunos atingem níveis
mais elevados de literacia, de leitura, de aprendizagem, de resolução de
problemas e competências no domínio das tecnologias de informação e
comunicação. (…)” Manifesto da IFLA / UNESCO para a Biblioteca Escolar (1999)”.
A CEGONHA E A RAPOSA
Era uma vez
uma raposa e uma cegonha. A raposa, um dia, convidou a
cegonha para
almoçar com ela. A cegonha aceitou imediatamente, sem dúvida
alguma.
Então, no
outro dia, a cegonha lá estava. A raposa, que a tinha recebido muito
amavelmente,
começou por dizer à cegonha que tinha feito assim umas papas
muito
deliciosas, abrindo cada vez mais o apetite à cegonha.
O que a
cegonha não contava era a forma como eram os pratos. De facto, a
comida foi
servida em dois pratos rasos. A cegonha tentou, tentou, mas por causa
do bico, não
conseguia comer.
Então,
pensando para si, achava a atitude da raposa muito má, de puro
egoísmo
mesmo, pois ela sabia que a cegonha tinha o bico comprido e que jamais
podia comer
assim.
Como é
óbvio, a raposa não tinha feito aquilo por engano, pelo contrário, foi
com toda a
intenção. Queria oferecer comida, mas ao mesmo tempo ficar com
ela toda. E
por isso, enquanto via o esforço que a cegonha fazia para comer, ria-se
sozinha.
Mas a
cegonha pensou que a raposa não levava a melhor e então, nesse dia,
virou-se
para a raposa e disse:
– Já que
hoje me ofereceste o almoço, amanhã sou eu que te ofereço o almoço.
Aparece lá
na minha casa.
A raposa
aceitou imediatamente: ia comer sem ter que gastar da sua comida.
Mas ao chegar,
viu que a comida estava dentro de duas garrafas compridas. E
enquanto
tentava chegar à comida, já a cegonha se deliciara toda com a comida.
Então a
raposa, ao perceber a sua maldade, pediu desculpas à cegonha e prometeu
que o que
tinha acontecido nunca mais se voltaria a dar.
Informante: Sandra Madeira, 20 anos,
natural de Genebra (Suíça), estudante.
Recolha: em Quarteira, Loulé, Faro, a
9 de Dezembro de 2005.
Coletor: Sandra Madeira (cassete 2 /
face B)
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