22/11/2021

AINDA O MIBE* | Recriação artística sobre contos tradicionais de todo o Mundo | 1º classificado.

 

No âmbito do MIBE* (Mês Internacional das Bibliotecas Escolares 2021) subordinado ao tema CONTOS DE FADAS E CONTOS TRADICIONAIS DE TODO O MUNDO, foi lançado o repto aos professores de Educação Visual para os seus alunos recriarem artisticamente em forma de desenho, “contos de fadas e contos tradicionais de todo o mundo”. Para isso foi distribuído uma coletânea de contos “O conto tradicional português no séc. XXI - versões recolhidas

por estudantes da universidade do algarve – 2019”. Todos os trabalhos serão expostos na Biblioteca da Escola Secundária Tomaz Pelayo. Publicamos aqui o melhor trabalho sobre o Conto 30 da coletânea referida, com o título “A Cegonha e a Raposa”. O conto segue na integra a seguir ao trabalho de expressão artística.

Parabéns aos alunos participantes, em especial à aluna Maria Estevão do 9º ano que realizou o melhor trabalho. Aos respetivos professores envolvidos, os agradecimentos pelo êxito desta articulação com a Biblioteca Escolar.

quando os bibliotecários e os professores trabalham em conjunto, os alunos atingem níveis mais elevados de literacia, de leitura, de aprendizagem, de resolução de problemas e competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação. (…)” Manifesto da IFLA / UNESCO para a Biblioteca Escolar (1999)”.


A CEGONHA E A RAPOSA

Era uma vez uma raposa e uma cegonha. A raposa, um dia, convidou a

cegonha para almoçar com ela. A cegonha aceitou imediatamente, sem dúvida

alguma.

Então, no outro dia, a cegonha lá estava. A raposa, que a tinha recebido muito

amavelmente, começou por dizer à cegonha que tinha feito assim umas papas

muito deliciosas, abrindo cada vez mais o apetite à cegonha.

O que a cegonha não contava era a forma como eram os pratos. De facto, a

comida foi servida em dois pratos rasos. A cegonha tentou, tentou, mas por causa

do bico, não conseguia comer.

Então, pensando para si, achava a atitude da raposa muito má, de puro

egoísmo mesmo, pois ela sabia que a cegonha tinha o bico comprido e que jamais

podia comer assim.

Como é óbvio, a raposa não tinha feito aquilo por engano, pelo contrário, foi

com toda a intenção. Queria oferecer comida, mas ao mesmo tempo ficar com

ela toda. E por isso, enquanto via o esforço que a cegonha fazia para comer, ria-se

sozinha.

Mas a cegonha pensou que a raposa não levava a melhor e então, nesse dia,

virou-se para a raposa e disse:

– Já que hoje me ofereceste o almoço, amanhã sou eu que te ofereço o almoço.

Aparece lá na minha casa.

A raposa aceitou imediatamente: ia comer sem ter que gastar da sua comida.

Mas ao chegar, viu que a comida estava dentro de duas garrafas compridas. E

enquanto tentava chegar à comida, já a cegonha se deliciara toda com a comida.

Então a raposa, ao perceber a sua maldade, pediu desculpas à cegonha e prometeu

que o que tinha acontecido nunca mais se voltaria a dar.

 

Informante: Sandra Madeira, 20 anos, natural de Genebra (Suíça), estudante.

Recolha: em Quarteira, Loulé, Faro, a 9 de Dezembro de 2005.

Coletor: Sandra Madeira (cassete 2 / face B)

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