29/05/2012

"A poesia está em toda a parte ..." | Exposição de trabalhos dos alunos do 8º A e B.







A poesia está em todo lado

A tradição e a cultura portuguesa têm raízes profundas no campo da poesia, como comprovam os imensos poetas portugueses, conhecidos internacionalmente.
A poesia não é mais do que uma forma de se poder transmitir os sentimentos de um povo.
Portugal é um dos países onde a poesia tem uma forte influência e um elevado grau de importância para cada um de nós.
Já diz o velho ditado: “ De poeta e de louco todos temos um pouco”, daí se compreender a tal de ideia de a poesia estar em todo o lado.
A poesia visual, em especial, permite-nos, através do desenho, transmitir estados de espírito, sentimentos, vontades e desejos, refletidos na ponta da caneta, que o poeta utiliza para escrever!
Francisca Costa – 8ºB

15/05/2012

Poesia Visual | A construção vivida do fragmento | Alunos 8ºano


Poesia Visual.
   A construção vivida do fragmento
                Hoje um jovem estudante vê um filme, joga Metin 2 e comunica no Skype. A sua atenção e percepção é fragmentada, descentrada, descontínua, não hierarquizada e flutuante.
Para o trabalho realizado no âmbito da disciplina de Introdução à Pintura (oitavos A, B e C) e com a colaboração de Língua Portuguesa, era desde logo necessário contrariar a ideia de instantaneidade, requerendo metodologia projetual e um rigor de execução longo. Neste exercício criativo, em vez da habitual habilidade que consiste em fazer o rosto de Pessoa com um dos seus poemas numa perspectiva mimética, procurou-se uma outra direcção na construção dos trabalhos. Como material básico de formação e informação básico, foram propostos autores como Peter Blake, Tom Philips, Emerenciano e E. M de Melo e Castro, procurando solidificar o espaço difuso entre a escrita e a pintura. Devido á intensidade da cor e à criação de uma estética pop de iconografia universalista Peter Blake assumiu paternalmente um posição de relevo na factura dos trabalhos produzidos, sendo revisitado dentro de um contexto das estéticas revivalistas, fragmentárias e apropriativas pós- modernas. Aos alunos foi proposto um exercício de fragmentação de um conjunto de poemas que haviam sido pré seleccionados pela professora de Língua Portuguesa Agostinha Serra. O resultado deste processo de demolição e desagregação resulta na construção de objectos físicos onde se revelam sinais de presenças e ausências. Acumulam-se imagens de um universo popular e juvenil, (corações, arcos iris, logotipos, letras, cores primárias e secundárias com igual e uniforme destaque), assim como pedaços restantes de poemas. Esta ideia de não totalidade e de modelo fragmentário, dispersivo, descontinuado e híbrido materializa uma estética que Huysman diz ser a do fim natural das coisas. É também o modelo fragmentário o da viagem na net, da narrativa de Pulp Fiction das composições de John Zorn.  Repare-se que a Vénus de Milo tem na sua condição de existência o ser fragmento e pouco tempo enquanto obra  una. Os alunos podem não ter (pois não têm) consciência das implicações destas suas ações e actividades, no entanto são os actores dos papéis que lhes são destinados, e estes têm obviamente uma dimensão fragmentária.

Rui Coutinho

09/05/2012

O POETA DO MÊS


A poesia anda na Escola

O poeta do mês


 LUANDINO VIEIRA
Escritor de origem portuguesa, José Luandino Vieira, pseudónimo literário de José Mateus Vieira da Graça, nasceu a 4 de maio de 1935, na Lagoa do Furadouro, em Ourém. Tornou-se, porém, cidadão angolano, tendo participado ativamente no movimento de libertação nacional e contribuído para o nascimento da República Popular de Angola.
Aos três anos de idade viajou para Angola, juntamente com os seus pais, e passou toda a infância e juventude em Luanda, onde fez o ensino secundário. Exerceu diversas profissões até ser preso em 1959, sendo depois libertado. Posteriormente, em 1961, foi de novo preso e condenado a 14 anos de prisão e medidas de segurança. Transferido, em 1964, para o campo de concentração do Tarrafal, onde passou oito anos, foi libertado em 1972, em regime de residência vigiada em Lisboa. Iniciou então a publicação da sua obra, escrita, na grande maioria, nas diversas prisões por onde passou.
Depois da independência angolana, foi nomeado para diversos cargos: organizou e dirigiu a Televisão Popular de Angola de 1975 a 1978; dirigiu o Departamento de Orientação Revolucionária do MPLA até 1979; organizou e dirigiu o Instituto Angolano de Cinema de 1979 a 1984.
No domínio da literatura, foi um dos fundadores da União de Escritores Angolanos, em 1975, sendo seu secretário-geral desde então até finais de 1980. Foi também secretário-geral adjunto da Associação dos Escritores Afro-asiáticos, de 1979 a 1984, tornando-se depois secretário-geral da mesma até dezembro de 1989.
Pertenceu à geração angolana da "Cultura" entre 1957 e 1963. A sua escrita é original, usa o falar crioulo e subversivo da linguagem para dar um retrato mais realista às suas personagens, enriquecendo-as e conferindo-lhes a expressão viva e colorida das gentes o dos lugares pobres que retrata.
Do seu trabalho destacam-se as seguintes obras: A Cidade e a Infância (1957); A Vida Verdadeira de Domingos Xavier (1961, traduzido para várias línguas, constituindo também a base do filme Sambizanga, realizado por Sarah Maldoror); Luuanda (1963, traduzido também para várias línguas, recebeu o Prémio Literário angolano "Mota Veiga" em 1964 e o Grande Prémio de Novelística da Sociedade Portuguesa de Escritores em 1965, o que causou violenta reação da parte do Estado Novo); Vidas Novas (narrativas escritas em 1968 no Pavilhão Prisional da PIDE em Luanda, e apresentadas ao concurso literário da Casa dos Estudantes do Império, em Lisboa, tendo sido distinguidas com o Prémio "João Dias" por um júri de que faziam parte, entre outros, Urbano Tavares Rodrigues, Orlando da Costa, Lília da Fonseca, Noémia de Sousa e Carlos Ervedosa); Velhas Estórias (1974), João Vêncio: Os Seus Amores (1979), Kapapa: Pássaros e Peixes (1998), Nosso Musseque (2003) e Velhas Estórias (escrito em 1974, e reeditado em 2006).
Em 2006, foi galardoado com o mais importante prémio português de literatura, o Prémio Camões, que recusou por razões pessoais.

Luandino Vieira. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2012.

04/05/2012

A leitura e competências associadas







A Maior Flor do Mundo

   Esta história vai ser escrita para crianças, mas talvez não seja bem assim.
   Numa bela tarde de Verão, o Hélder e o pai foram ao campo buscar uma árvore, para colocar num vaso para decorar a sua casa. Mas o Hélder não estava interessado na árvore, mas sim num escaravelho que vagueava à procura de comida para o seu inverno rigoroso. O menino gostou tanto dele que decidiu pô-lo dentro de uma caixa e levá-lo para casa.
   Quando chegou a casa, o Hélder abriu-a para o espreitar, mas o escaravelho, feito esperto, fugiu quando ele menos esperava. Foi parar num sítio cheio de areia com um rio ao fundo, para poder descansar.
   O Hélder, triste por tê-lo perdido, saltou o muro da sua casa e foi atrás dele. Quando o escaravelho viu o menino, começou a voar por cima do rio. Como o Hélder não sabia voar, nem nadar, viu um tronco e utilizou-o para passar para o outro lado.
   Para conseguir atravessar a floresta e apanhar o escaravelho teve de afastar vários arbustos. No fim de um campo de trigo, encontrou uma flor murcha e teve pena dela, por isso foi várias vezes ao rio buscar água. Deitou-lhe muita água e ela foi crescendo, crescendo…. até se tornar a maior flor do mundo.
   Os seus pais ao perceberem que ele tinha fugido, foram procurá-lo. Ficaram admiradíssimos quando repararam que o seu filho estava a dormir coberto com uma pétala branca da maior flor do mundo. A flor cresceu até tapar o sol e os habitantes da aldeia saíram das suas casas, para admirarem aquela fantástica e maravilhosa flor.
   No fundo, não sei se esta história está muito adequada para crianças, mas foi assim que eu a contei e pode ser sempre contada de outra forma.

Cátia Filipa Sousa Carneiro, Nº10 7ºD
Catarina Sofia da Costa Pinto, Nº8 7ºD