O Morcego Bibliotecário» tem como pano de fundo um facto verídico reportado, de
quando em vez, pela comunicação social: os morcegos, pela sua habilidade em capturar
insetos, asseguram a preservação dos livros de algumas das mais antigas e relevantes
bibliotecas portuguesas, como a biblioteca joanina da Universidade de Coimbra e a
biblioteca do Palácio de Mafra.
Além de informações sobre as diversas espécies de morcegos e do seu habitat, esta
história com asas enfatiza sobretudo o amor aos livros e à leitura. É esta razão que leva
Franjinhas, o protagonista da narrativa, a deixar a sua família e a sua comunidade para
suceder ao velho Ferradura como bibliotecário no palácio distante e assim dar continuidade
a uma ilustre linhagem de morcegos bibliotecários.
A este criativo argumento, sonhado por Carmen Zita Ferreira, o ilustrador Paulo
Galindro empresta e dedica toda a sua arte e paixão, experimentando pela primeira vez
mostrar a grandeza do seu apelido materno (Paulo Jorge Carvão Galindro) na técnica (de
ilustração) de um livro. O resultado é absolutamente fantástico.
A simbiose entre texto e ilustração é tão surpreendente que Valter Hugo Mãe não
hesita em alertar o leitor de que «tem nas mãos uma obra de arte. A desmistificação dos
morcegos enunciada belissimamente por Carmen Zita Ferreira e vista com esplendor por
Paulo Galindro. Este livro é um luxo. Dá vontade de casar a autora com o ilustrador e
rezar que nunca mais se larguem um do outro para que nunca mais parem de nos
maravilhar.»
Como sugere a ilustração, este é um livro que, pela sua excessiva beleza, pode
certamente «virar a cabeça» ao leitor e fazê-lo exclamar «tudo pelo amor aos livros.
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